quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Vários Video Games

Atari 2600 - Atari

O Atari 2600, lançado em 1977, foi grande marco para popularizar o videogame doméstico.

Unidades Vendidas: 30 Milhões.

Jogo mais Vendido: Pac Man com 7 Milhões de Cópias.

Ano de Lançamento em 1977 e Descontinuado em 1992.

Valor Inicial $ 199.00.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

Bits: 8 bits
CPU: Variante do processador 6502 (Real: 6507)
Freqüência de operação: 1,19 MHz
Memória RAM: 128 Bytes
Memória ROM: 16 kB.
Resolução: 160x192 (NTSC) / 160x228 (PAL)
Cores: 128 cores no sistema NTSC, pouco menos no sistema PAL.
Som: 2 canais (cada um com um chip próprio)

Odyssey² – Philips

O Odyssey 2 foi lançado pela Philips no Brasil e fez sucesso com jogos exclusivos para nosso mercado.

Unidades Vendidas: 2 Milhões.

Ano de Lançamento em 1978.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

Processador: Intel 8048; clock: 1.79 Mhz.
Memória RAM: 256 bytes; 64 bytes no processador
Memória de vídeo(VRAM): 256 bytes
Gráficos: Intel 8244 custom Audio/Video IC; 16 cores possíveis; 4 sprites suportados;
Som: Intel 8244 custom Audio/Video IC
Resolution: 280x192
Sprites: 4
Sound: 1-channel mono
Game Media: 2K programmable game card

Intellivision – Mattel

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A fabricante de brinquedos Mattel apostou no Intellivision para concorrer com a Atari e outros videogames da época.

Unidades Vendidas: 3 Milhões.

Jogo mais Vendido: Major League Baseball com 1 Milhão de Cópias.

Ano de Lançamento em 1979 e Descontinuado em 1984.

Valor Inicial $ 299.00.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU: Microprocessador GI1610 da General Instrument de 16-bits, 894.886 kHz (i.e., ligeiramente inferior a 1 MHz);
Sistema operacional interno (ROM) de 4Kbytes;
Standard Television Interface Chip (STIC): GI AY-3-8900-1, da General Instruments;
RAM do sistema: GI RA-3-9600, da General Instruments;
Chip de som: GI AY-3-8914, da General Instruments;
Dois controles manuais com teclado de 12 teclas, 4 botões de ação e disco direcional de 16 direções;
Resolução de fundo de 159x96 pixels;
16 cores;
Suporta até 8 objetos simultãneos na tela;
Gerador de som de 3 canais;
Funciona com cartuchos de jogo externos.

ColecoVision – Coleco

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O Colecovision rodava jogos de Atari 2600 e próprios, baseados nos arcades da época.

Unidades Vendidas: 6 Milhões.

Jogo mais Vendido: Donkey Kong com 6 Milhões de Cópias.

Ano de Lançamento em 1982 e Descontinuado em 1984.

Valor Inicial $ 189.00.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU: Zilog Z80A a 3,58 MHz
Processador de vídeo: Texas Instruments TMS9928A resolução de tela: 256x192
32 sprites
16 cores
Som: Texas Instruments SN76489A 3 geradores de tons
1 gerador de ruídos
VRAM: 16KB
RAM: 8KB
Armazenamento: Cartucho: 8/16/24/32KB

Atari 5200 - Atari

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O Atari 5200 foi um fracassado substituto para o bem sucedido 2600.

Unidades Vendidas: 20 Milhões.

Ano de Lançamento em 1982 e Descontinuado em 1984.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU - 6502C (8-bit, clock de 1,79 mhz), ANTIC
Memória - RAM de 16KB, ROM de 32KB
Gráficos - ANTIC e GTIA, resolução máxima de 390x192, 256 cores possíveis (16 simultâneas)
Áudio - quatro canais pelo chip POKEY
Mídia – cartuchos

Famicom/NES – Nintendo

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Famicom foi o modelo japonês do clássico console de 8-bits da Nintendo, lançado em 1983. Clique aqui e conheça os clones do “Nintendinho”.

Nos EUA e no Brasil ele tinha o nome de NES, mas aqui ficou conhecido como “Nintendinho”.

Unidades Vendidas: 62 Milhões.

Jogo mais Vendido: Super Mario Bros. com 40 Milhões de Cópias.

Ano de Lançamento em 1983 e Descontinuado em 2003.

Valor Inicial $ 199.99.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU: Processador de 8-bit desenvolvido pela Ricoh baseado na arquitetura MOS 6502, com hardware de som customizado e um controlador de DMA restrito;
RAM principal: 2 KiB + memória RAM expandida (se presente no cartucho);
ROM: Até 48 KiB para a ROM, RAM expandida e I/O do cartucho; a técnica de bank switching pode expandir consideravelmente este limite;
Áudio: Cinco canais sonoros;
Unidade de processamento de imagem (GPU): Processador de vídeo customizado da Ricoh;
Paleta: 48 cores 5 cinzas na paleta básica; o vermelho, verde e azul podem ser escurecidos individualmente em regiões específicas da tela, utilizando-se código cuidadosamente temporizado;
Cores na tela: 25 cores em uma varredura (cor de fundo + 4 conjuntos de 3 cores de tiles + 4 conjuntos de cores de 3 sprites), não incluindo o de-emphasis cromático;
Memória interna da GPU: 256 bytes de memória de RAM para as posições/atributos dos sprites ("OAM") e 28 bytes de memória (para permitir a seleção das cores de fundo e dos sprites) em barramentos separados dentro da GPU;
Memória externa da GPU (Memória de vídeo): 2 KiB de memória RAM na placa do NES para mapeamento e atributos de tiles + 8 KiB de memória ROM ou RAM no cartucho para padrões de tile (com o bankswitching, teoricamente qualquer quantidade poderia ser usada, mas com aumento nos custos de produção);
Scrolling layers: 1 layer, embora a rolagem horizontal pudesse ser alterada em uma base individual para cada linha (bem como a rolagem vertical, utiliando técnicas mais avanças de programação);
Resolução: 256×240 pixels, embora a maioria dos jogos NTSC utilizasse apenas 256×224 já que as 8 linhas de varredura do topo e da base não eram visíveis na maioria dos televisores (devido ao overscan); para se obter largura de banda adicional para a memória de vídeo, a tela podia ser desativada antes que o raster atingisse a parte inferior.

Mark III – Sega

File:MarkIII.jpg

O Mark III foi o modelo japonês precursor do famoso Master System da Sega.

Unidades Vendidas: 62 Milhões.

Jogo mais Vendido: Super Mario Bros. com 40 Milhões de Cópias.

Ano de Lançamento em 1983 e Descontinuado em 2003.

Valor Inicial $ 199.99.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU: 8 bits 3.579545 MHz Zilog Z80;
Gráficos: VDP (Video Display Processor) derivado de Texas instrumentos TMS9918;
Até 32 cores simultâneas disponíveis de uma paleta de 64 (pode também exibir 64 cores simultâneas usando truques de programação);
Tela resolução de 256 x 192 e 256 x 224;
Caracteres de 8 x 8 pixels, max 488 (devido à limitação de espaço VRAM);
Máximo de sprites de pixel de 8 x 8 ou 8 x 16, 64;
Tela horizontal, vertical, diagonal e parcial de rolagem;
Som (PSG): Texas Instruments SN76489;som mono canal 4;3 som geradores, 4 oitavas cada, 1 ruído branco gerador;
Som (FM): Yamaha YM-2413;som de FM mono do 2-operador de canal 9;disponível como um módulo plug-in para Mark III;construído em sistema de mestre japonês;suportado por certos jogos só;
ROM: N/a, o Mark III não tem uma BIOS;
RAM principal: 64 Kbits (8 KB);
Vídeo RAM: 128 Kbits (16 KB);
Slot de cartão de jogo.

Atari 7800 - Atari

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O Atari 7800 foi a segunda tentativa da Atari em criar um upgrade para seu clássico console.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU: Atari SALLY 6502 ("6502C");
Velocidade: 1.79 MHz, cai para 1.19 MHz quando o adaptador de Interface de televisão TIA ou RIOT (6532 RAM-I/O-Timer) chips são acessados;
Memória RAM: 4 KB (2 6116 2Kx8 RAM ICs)
ROM: construído em 4 KB BIOS ROM, 48 KB de espaço da ROM do cartucho sem bankswitching;
Gráfica: Controladora de gráficos personalizados de MARIA 160 × 240 (160 × 288 PAL) resolução ou 320 × 240/288 resoluçãopaleta de cores 25 fora de 256 cores (16 tons * 16 luma), modos diferentes de gráficos restrito o número de cores utilizáveis e o número de cores por spriteAcesso direto à memória (DMA)Relógio de gráficos: 7,16 MHz;
I/o: Joystick e console switch IO manipulado byte 6532 RIOT e TIA;
Portas: 2 portas de joystick, porta 1 cartucho, conector de 1 expansão, potência de saída de RF;
Som: TIA vídeo e som chip, mesmo que o 2600. Apenas o som é usado em jogos de 7800. Som e vídeo são usados em jogos do 2600;
Chip de som POKEY opcional no cartucho para sons melhorados.

PC Engine/Turbografix 16/Duo – NEC

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O PC Engine foi a aposta da NEC para bater o NES e fez muito sucesso no Japão.

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Um dos modelos do Turbografx-16, a versão ocidental do PC Engine da NEC.

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Um dos vários modelos do Duo, console que juntou o PC Engine com seu acessório para ler CD-ROMs.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU: HuC6280;
Velocidade: 3,6 MHz;
Memória RAM: 8k + 64kgx;
CPU do CD-ROM: 65802 com velocidade de 16 Mhz;
Memória CD-ROM: 64K (256K usando o cartão Super CD e 2MB usando o cartão Arcade CD);
Canais de áudio: 6;
Resolução: 256 x 256 e 320 x 256 Paleta de Cores: Total de 512 com 482 simultâneas;
Número de Sprites 64;
Tamanho de Sprite 16 x 16.

Master System – Sega

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O Master System não conseguiu bater o NES, mas fez sucesso na Europa e Brasil. Você consegue baixar o emulador para o Windows Phone 7.5 ou 8 clicando Aqui. (OBS: as Roms são as mesmas usadas no PC).

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU: Zilog Z80 8-bit 3 579 545 Hz (3.58 MHz) em PAL/SECAM e NTSC;
Gráficos: Chip customizado da SEGA baseado do modelos Texas Instruments TMS9918/9928 com várias adições;
384 Kbits ROM, jogos usam método de mudar páginas (cada página é 128Kbit) para ter acesso a toda a área do cartucho;
Som: Texas Instruments SN76489 4 canais mono (chip FM YM2413 disponível apenas no aparelho Japonês);
64 Kbits (8KB) RAM;
128 Kbits (16KB) Video RAM;
32 cores simultâneas de 64 disponíveis (pode também exibir 64 cores simultâneas com certos métodos de programação);
Resolução de tela de 256x192 (Alguns modelos podem suportar outras resoluções além desta);
3 geradores de som quadrado + 1 gerador de som de Ruído branco;
1 slot para cartuchos;
1 slot para cartões (descartado em modelos posteriores);
1 slot de expansão (não usado fora do Japão).

Mega Drive (Genesis) – Sega

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O Mega Drive (Genesis nos EUA) foi um dos maiores sucessos da Sega e é popular até hoje no Brasil.

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O MegaCD (ou Sega CD no ocidente) transformou o Mega Drive em leitor de CD-ROMs.

O Sega 32X prometeu transformar o Mega Drive em um console de 32 bits, mas foi abandonado rapidamente.

Você consegue baixar o emulador de Mega Drive para Android clicando Aqui. (OBS: as Roms são as mesmas usadas no PC).

Emulador

Roms

Especificações técnicas

Processor: Motorola 68000 16/32-bit processor @ 7.67 MHz (MC68HC000, CMOS version);
Co-processor: Zilog Z80 8-bit @ 3.58 MHz;
Video display processor: Yamaha YM7101, derivative of the VDP from the Sega Master System;
Memory: 64kB work RAM (68000), 64kB video RAM, 8kB work RAM (Z80). Later hardware had an internal 1Kx16 ROM for the license display screen;
Display palette: 512 colors (3:3:3 RGB);
Onscreen colors: 64 (normal) or 183 (shadow/highlight mode);
Maximum onscreen sprites: 80 (320-pixel wide display) or 64 (256-pixel wide display);
Resolution: 256×224, 256×448, 320×224, 320×448, (PAL and NTSC). 256×240, 256×480, 320×240, 320×480 (PAL only), 256×192 (SMS games only);
Sound: Yamaha YM2612 5 channel FM and 1 channel FM/PCM, Texas Instruments SN76489 4 channel PSG (Programmable Sound Generator).

Super Nintendo/Super Famicom – Nintendo

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Na transição para o ocidente, o Super Famicom virou Super Nintendo e enfrentou forte concorrência do Mega Drive.

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Primeiro console 16-bits da Nintendo, o Super Famicom estreou no mercado com o inesquecível "Super Mario World". Você consegue baixar o emulador para Android clicando Aqui. (OBS: as Roms são as mesmas usadas no PC).

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU
Western Design Center: CMD/GTE 65C816 customizado(CISC);
Frequência de clock: 1.79MHz, 2.68MHz ou 3.58 MHz (variável);
Barramento: 16 bits;
GPU
Frequência de clock: 16 bits;
Memória de vídeo (Video RAM): 1 Megabit (128 KB);
Resolução: 512 pixels x 448 pixels; 256 x 224;
Paleta de cores: 32 768 cores;
Número máximo de cores na tela: 256;
Tamanho máximo dos sprites: 128 x 128 pixels;
Número máximo de sprites: 128 sprites;
Áudio: Sony SPC700;
Canais de áudio: 13;
8-Bit para controlar a DSP – clock 1.024MHz;
Memória de som (Audio RAM): 0.5 Megabit (64 KB);
PCM (Pulse Code Modulator): 16-Bit;
Som estéreo digital;
Mídia: Cartucho;
Capacidade normal: 4Mb+.

Neo-Geo/Neo-Geo CD – SNK

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O poderoso (e caro) Neo-Geo marcou época por suas versões domésticas perfeitas dos jogos de fliperama da SNK.

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O Neo-Geo CD foi uma opção mais em conta para apreciar o acervo da SNK, mas os tempos de loading eram longos

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU: Motorola 68000;
Frequência de clock: 12 MHz;
Barramento: 16 bits;
CPU secundária: Zilog Z80 a 4 MHz (8-bit);
GPU
Resolução: 320 x 224 (304x224 sem as bordas de 8 px);
Paleta de cores: 65.536 (16-bit de cores);
Cores simultâneas na tela: 4.096 (12-bit de cores);
Sprites: 380 simultâneos, com um tamanho mínimo de 1x2 e tamanho máximo de 16 x 512;
Número de planos de jogo: 3;
Proporção: 4:3;
Áudio: Yamaha YM2610;
Canais de áudio: 15;
7 canais digitais, 4 de síntese FM, 3 PSG, 1 canal de ruídos;
Mídia: Cartucho;
Capacidade normal: 330 Mb;
Para jogos além de 330 Mb, chegava-se por volta de 716 Mb, usando paginamento de memória;
Memória RAM: 640 Kb (principal), 680 Kb (video RAM), 16 Kb (para o Z80);
Fonte: Adaptador DC 5 V (sistemas antigos), Adaptador DC 9 V (sistemas novos);
Consumo: 8 W (sistemas antigos), 5 W (sistemas novos);
Armazenamento Removível: Cartão de memória de 2 Kb ou compatível com qualquer cartão de memória JEIDA de 68 pinos ver.3 (Doméstico);
Cartão de memória de 116 pinos (Arcade);
Saídas de áudio e vídeo: RF, vídeo composto, RGB (opcional).

CD-I – Philips

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Detalhe de um dos vários modelos de CD-I, fracassada plataforma multimídia criada pela Philips.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU
16-bit 68070 CISC Chip (68000 core)
Velocidade do processador de 15.5 MHz
 
Display
Resolução: 384×280 a 768×560
Cores: 16.7 milhões c/ 32.768 na tela
MPEG 1 Cartridge Plug-In para VideoCD e Digital Video
 
Sistema Operacional
CD-RTOS (baseado no Microware's OS-9)
 
Outros
1.5 MB de RAM principal
Drive de CD-ROM de velocidade simples (1x)
Peso com o DV Cart 1,460 kg, sem DV 1,210 kg
Oito canais de som ADCPM
 
Acessórios
CD-i Mouse
Roller Controller
CD-i Trackball
I/O Port Splitter
Touchpad Controller
Gamepad Controller (veja Gravis PC GamePad)
IR Wireless Controller (controle sem fio)

3DO – GoldStar/Panasonic/Sanyo

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O 3DO marcou não só pelo poder de fogo, mas também ao ser fabricado por várias empresas, como Goldstar e Panasonic.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

Processador: 12.5 MHz de 32-bit RISC CPU (ARM60);
Personalizado co-processador de matemática (ele não usa a unidade de braço FPA estoque);
32 kb SRAM;
Resolução: 640 × 480, 320 × 240 60 Hz para a versão NTSC e 768 × 576, 384 × 288 50 Hz para a versão PAL, com 16-bit palettized cor (24 bits) ou truecolor de 24 bits;
Dois co-processadores vídeo acelerados capazes de produzir 9 milhões de pixels por segundo (36–64 megapix/s interpolados), distorcida, escaladas, rotação e textura mapeada;
Placa de sistema
50 MB/s de velocidade de barramento (síncrono 32 bits @12.5 barramento MHz);
36 Canais DMA;
2 MB de memória RAM principal;
1 MB de VRAM;
2 portas de expansão;
Som
som estéreo de 16 bits;
Taxa de amostragem de som de 44.1 kHz;
Suporta som Dolby Surround;
Personalizado 20-bit Digital signal processor (DSP) – registra o acumulador de 20 bits com parâmetro de 16 bits para precisão estendida;
Mídia
Unidade de CD-ROM com 32KB RAM buffer de transferência de dados de kB/s 300 dupla velocidade (dependendo do fabricante);
Sistema de operacional de 32 bits multitarefa.

Amiga CD 32 - Amiga

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O AmigaCD 32 foi o primeiro console com CD de 32 Bits do mercado internacional, mas não durou muito .

Emulador

Roms

Especificações técnicas

Processador: Motorola 68EC020 14.32 MHz (NTSC) ou 14.18 MHz (PAL);
RAM: 2 MB de RAM de Chip Amiga;
ROM
1 MB ROM Kickstart com firmware CD32;
Memória de 1 kB não volátil EEPROM para salvar o jogo;
Chipset
Arquitetura de gráficos avançados (AGA);
Chip de Akiko adicional (controlador de CD-ROM e executa a conversão de gráficos robustos para planar);
Vídeo
Paleta de cores de 24 bits (16,8 milhões de cores);
Até 256 cores no ecrã no modo indexado;
262.144 cores na tela no modo HAM-8;
Resoluções de: 320 × 200 para 1280 × 400i (NTSC) e 320 × 256 para 1280 × 512i (PAL);
Áudio
4 × canais PCM de 8 bits (2 canais estéreo)
Máxima taxa de amostragem de DMA 28 kHz
Armazenamento removível
Unidade de CD-ROM de dupla velocidade (300 kB/s) (controlador de MKE proprietária);
Portas de entrada/saída
S-Video (mini-DIN de 4 pinos);
Composto de vídeo (RCA);
RF áudio/saída de vídeo (RCA);
Audio out (2 × RCA e 3.5 mm stereo jack);
Portas de Mouse/Gamepad teclado (mini-DIN de 6 pinos) × 2 (DE9);
Porta AUX serial RS-232 (mini-DIN de 6 pinos);
Slots de expansão
Soquete de expansão de 182-pino para oficiais MPEG decoder cartucho ou terceiros dispositivos tais como pacotes de expansão SX-1 e SX32:
Sistema Operacional
AmigaOS 3.1 (firmware 3.1 Kickstart e CD32).

Jaguar - Atari

O Jaguar foi uma tentativa frustrada de ressuscitar a marca Atari como fabricante de hardware.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

"Tom" Chip, 26.59 MHz;
GPU – 32-bit arquitetura RISC, 4 KB de chache interno, promove um grande universo gráfico;
Processador de objetos – arquitetura de 64-bit RISC; programável; pode se comportar como uma variedade de processadores gráficos;
Processador auxiliar – arquitetura de 64-bit RISC; operações lógicas de alta velocidade, Z-buffer e Gouraud shading, com registtradores internos de 64-bit;
DRAM controlador, 32-bit de gerenciamento de memória;
"Jerry" Chip, 26.59 MHz;
Processador de Sinal Digital – arquitetua de 32-bit RISC, 8 KB de chache interno;
Mesmo RISC núcleo do GPU, mas não limitado à produção gráfica;
Qualidadade de som de CD (16-bit stereo);
Número de nove canais limitado por sotware;
Dois DACs (stereo) convertem os sinais digitais para sinais analógicos;
Todas capacidades do Som Stereo;
Sample-based synthesis FM synthesis, FM Sample synthesis, e AM synthesis;
Relógio de controle de blocos, incorpota timers, e UART;
Controle de Joypad;
Motorola Motorola 68000 "usado como controlador";
Propósito principal 16/32-bit processador de controle, 13.295 MHz.

PC-FX - NEC

File:PC-FX-Console-Set.png

O PC-FX foi a aposta da NEC em substituir a plataforma PC Engine, mas não foi muito longe.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

CPU
32-Bit NEC V810 RISC rodando a 21,5 MHz, MIPS 15,5;
Unidade de CD-ROM
2 X CD-ROM, 300 KB/s;
Memória
2 MB de RAM principal;
1Mb compartilhada RAM (para fundo geradores, CD-ROM DMA, decodificador de movimento e ADPCM);
256KB dedicada VRAM (para chips de HuC6270);
ROM DO SISTEMA OPERACIONAL DE 1 MB;
Buffer de CD de 256 KB;
Back-up de 32KB RAM;
Vídeo
Formato de cor interna: digitalizados Y'UV (não YCbCr);
Máximo cores na tela: 16,777,000;
Resoluções: 256x240p, 341x240p, 256x480i, 341x480i;
6 camadas de fundo;
2 camadas de sprite;
camada de decodificador de 1 movimento gerada a partir de dados como JPEG ou RLE codificado;
Saída de vídeo: vídeo composto e S-vídeo;
Som
16-Bit estéreo CD-DA;
2 Canais ADPCM em até ~31.5 kHz com panning de esquerda/direita;
6 canais de amostra de 5 bits com panning de esquerda/direita;
Saída de áudio: × 2 RCA;
Portas de expansão
Slot de expansão de e/s do SCSI x 1(Rear), RAM de Backup - FX-BMP Card Slot x 1 (frente), 3D; Slot de expansão de VPU x 1 (inferior);
Dispositivos de entrada
FX-PAD - botão 6, 2 Switch(software-handled) Gamepad Controller, FX-MOU-2; Botão do Mouse;
Acessórios
FX-BMP - 128 KB + Backup RAM placa com x 2 pilhas AAA, FX-SCSI - adaptador permite que um PC usar o PC-FX como um 2 X CD-ROM SCSI.

Saturn - Sega

O Saturn foi o verdadeiro console de 32 bits da Sega, mas foi ofuscado pelo brilho do Playstation.

Emulador

Roms

Especificações técnicas

Clique Aqui para Ver

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cenas que queria ter Dirigido:

Esta cena do Filme "Monster" com Charlize Theron e Christina Ricci. Nesta cena acontece o beijo entre as personagens Aileen Wuornos e Selby, que acredito ser um dos momentos mais apaixonados do cinema. Já que Selby tinha várias pessoas conhecidas e o principal motivo, ELAS estarem se beijando, o que para muitos é algo impensável na época em que se passa a história.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Resenha crítica dos filmes Janela Indiscreta e Veludo Azul / Relacionando aos textos de Walter Benjamin e Silviano Santiago


Na narração clássica, o narrador vivencia os fatos ocorridos e transmite aos seus ouvintes algum ensinamento de utilidade prática na vida deste ouvinte e deixa a possibilidade de o ouvinte poder intercambiar experiências. O que não ocorre no romance, pois somente a leitura dos livros não é o suficiente para ensinar algo de utilidade prática na vida desse leitor. Já o narrador pós-moderno, ele não vivencia os fatos e nem as lê em livros, mas as observa enquanto narra, independente do local em que ele está sendo observando.

A narração clássica está quase extinta hoje, pois o surgimento do romance, fez ela ser menos utilizada e o responsável pela quase extinção dela é a narrativa pós-moderna que é a mais utilizada por todos, por ser mais fácil e prática, como a informação. Estas novas narrativas podem talvez passar uma utilidade prática na vida das pessoas que as utilizam.

O filme de Hitchcock começa com uma janela se abrindo e a câmera entrando nela, simbolizando assim o que vem pela frente, como observar a intimidade dos outros, o que ocorre durante todo o filme, no filme de David Lych também ocorre este anúncio do que vem pela frente, quando nas cenas iniciais o pai de Jeffrey está regando as plantas de seu jardim (com uma paisagem bonita a sua volta, música alegre e etc.) e neste mesmo instante ele dá um enfarte e cai, mas a água continua jorrando pela mangueira, enquanto o velho está caído um bebê começa a andar, simbolizando o ciclo que homem tem que atravessar em sua vida, e depois a câmera vai descendo até o subterrâneo onde aparecem vermes e insetos se movimentando, mostrando os contrastes que aparece durante todo o filme.

Em ambos personagens dos filmes são Voyeur, existindo assim um certo prazer no olhar, pois Jeff observava seus vizinhos o dia inteiro, mesmo a noite ele continuava a observar, e Jeff narrava todos os fatos que ocorria na vizinhança para sua namorada e sua enfermeira, em Veludo Azul, existe em Jeffrey um prazer de observar as coisas, ele chega a se arriscar indo até a casa de Dorothy para observá-la de dentro do armário. Jeff pode talvez se encaixar nos dois tipos de narradores (Narrador Clássico e o Narrador Pós Moderno), pois ele observa os fatos que ocorre, como quando ele viu seu vizinho assassinar sua esposa e ele começa uma investigação, mas no final ele também as vivencia quando o assassino entra em seu apartamento e tenta matar Jeff. Isto ocorre também com Jeffrey, pois ele observa em muitas partes do filme, como quando ele entra no apartamento de Dorothy, quando vê Frank e o policial de seu carro, ele começa a observar com a finalidade de investigar de quem pertencia á orelha encontrada por ele, e ele as vivencia em algumas partes como o relacionamento amoroso com Dorothy, e em outros momentos ele vivencia com Frank.

O filme Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock pode se dizer que é um Narrador Clássico, pois o filme passa uma moral que é a de não se intrometer na vida alheia, mas também pode se dizer que é um filme pós-moderno pois não há troca de experiência entre os personagens, muito dos fatos que ocorrem no filme não são vivenciados pelo personagem principal, ele narra os fatos enquanto ao espetáculo que assiste, por isso ele fica entre esses dois tipos de narradores. Já o filme Veludo Azul de David Linch é um filme pós-moderno, pois não há uma moral mas sim várias interpretações para o filme, e também não há troca de experiência entre os personagens.

Hoje este olhar aguçado pode definir muita coisa no mundo atual, pois tudo envolve o olhar, poucas pessoas sabem narrar fatos que vivenciaram, mas sabe muito bem narrar fatos que apenas foram observados por eles.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Messianismo em Alice

Esses são os doze passos do herói mítico, de acordo com Jaseph Campell:

1) Mundo Comum;

2) Chamado a aventura;

3) Recusa ao chamado;

4) Encontro com o mentor;

5) Travessia Umbral;

6) Testes, aliados e inimigos;

7) Aproximação do objetivo;

8) Provação máxima;

9) Conquista da recompensa;

10) Caminho de volta;

11) Depuração;

12) O retorno transformado.

Sou um admirador passivo da obra de Lewis Caroll, principalmente sua obra mais conhecida “Alice no País das Maravilhas”. Não me pareceu uma novidade quando o cineasta Tim Burton, conhecido por criar e recriar fabulas, se incumbiu da tarefa de readaptar o romance.

Ao assistir o filme não pude deixar de ficar assombrado. Não pela a fidelidade, (pois esta me parece uma constante nos filmes adaptados), mas exatamente pelo antagonismo do filme para com o livro.

Alice, o original de Caroll, é considerada uma celebre obra do gênero surrealista. Alice, uma garotinha, senta-se em uma arvore, quando percebe um coelho branco que a leva a sua toca, e ao cair é transportada ao tal país das maravilhas do titulo. A Alice da obra se encontra no meio de personagens dos mais pitorescos, como rosas cantoras, uma lagarta com vícios, um chapeleiro louco com sua lebre amiga (que por ter seus relógios quebrados na hora do chá não podem fazer nada além de beber chá), e a rainha incapaz de dizer algo alem de “cortem as cabeças”.

O livro é um manifesto sobre a necessidade, mesmo que na forma de sonho, do ser humano ter seu lado ilógico e inconsciente. Lewis usa os elementos e personagens para criar uma critica mordaz a sociedade. Claros exemplos são o chapeleiro e a lebre, incapazes de desobedecer a eterna hora do chá e comemorando o nada absoluto, ou mesmo a Rainha de Copas, numa alusão a rainha Maria Antonieta.

Os personagens de Caroll simplesmente são. Antigos Pré Socráticos diziam que a verdade de algo era esse algo em si. A verdade dos personagens do livro simplesmente é aquilo que eles são, e não precisam de vida pregressa ou explicações.

Ao assistir ao filme de Tim me deparei não só com um roteiro hollywoodiano clássico, como com um filme judaico-cristão messiânico. Calma, explico. O filme se passa anos depois da ida de Alice ao país das maravilhas, agora Alice é uma pós-adolescente que, por conta do pai, vê a “hipocrisia” do mundo (na minha opinião, nada mais adolescente). Enquanto a pequena Alice conversa com seu pai sobre a “loucura do mundo” o primeiro elemento do que será o roteiro clássico se anuncia: O mundo ideal para Alice, e para aonde ela vai querer e tentar retornar por todo o filme.

Em uma festa ela novamente encontra o coelho, e novamente encarna o país das maravilhas. Mas, algo é diferente nesse País das maravilhas, agora os personagens discutem a possibilidade de aquela ser a “verdadeira” Alice. Agora os personagens são lineares.

Eles, depois de várias discussões decidem levar Alice a um oráculo. Ai eu percebi que o que viria nada tinha haver com a obra que eu conheço. O oráculo/lagarta (o encontro do mestre) avisa que a “verdadeira” Alice deveria salvar o mundo do malvado dragão e da rainha vermelha. Vejo-me na necessidade do paralelo, Alice, como o próprio Jesus, foram anunciados como “escolhidos”. Jesus sabia desde pequeno a sua missão, e Alice sabia que ela teria que empunhar a espada contra o dragão malvado. Ai há a recusa, Alice diz que não mataria. Ela se recusa. Ai percebi, como os doze passos de Campell funcionam para o filme, de forma não inovadora. Eu já sabia o que esperar, no mal sentido da expressão. Sabia que Alice tentaria fazer algo que desafiaria o “destino”, mas o expectador nunca duvida de que ela é a escolhida. Ao ver o cachorro, a rainha Branca diz: “A espada está lá”. Juro ter tido um lapso de que tudo mudaria, mas não.

Assim os personagens se tornam, um há um, ajudantes da cruzada de Alice, o chapeleiro maluco vira um soldado ressentido, o coelho se torna um ressentido.... na verdade quase todos o fazem, até mesmo a rainha vermelha se torna uma invejosa da bela irmã. Na verdade, nesse sentido todos eles são reativos, no sentido dado por Nietzsche. Todos eles esperam a Alice prometida, sem nunca duvidar daquele pergaminho, sem jamais lutar. Todos são incapazes diante da vinda do messias, nesse caso Alice, todos sentam, esperam, e dizem: “Sem ela aqui, não podemos vencer... então pra que tentar?”. O que me é estranho, levando-se em conta Tim Burton é especialista em criar mundos contraditórios como, por exemplo, em “Peixe grande”, “Fantástica Fabrica de Chocolates” ou “Noiva Cadáver”. Nesse Alice, seus dois mundos agem da mesma forma, com a diferença de um ser mais colorido que outro.

Quando dentro da casinha do monstrinho, ao invés de lutar, Alice devolve o olho, com quem “da a outra face”. Alice reluta, e reluta, mas no fim acaba vestindo a armadura dourada e lutando contra o dragão-cobra (Cobra? Seria esse mais um paralelo?). Mesmo tendo dito o filme inteiro que não lutaria, Alice aprende a manejar a espada e parte pra cima dos malvados.

A linearidade do filme Alice é impactante. Só ela é capaz de qualquer ação no filme, e quando por fim ela escolhe o mundo “real”, ela acusa a “hipocrisia do mundo”, em uma clássica cena de superação. Por fim, o ultimo clichê, depois de escolher o seu “caminho” Alice vai rumo à liberdade, mas ao invés da salvação final vir do mar, ela surge do céu, na imagem da borboleta. Nada mais redentor do que isso.

O filme lida muito mais com a incapacidade de fugir do próprio destino do que de superá-lo, Alice aceita seu roteiro com todas as letras, de boa moça até a assassina de dragões. O filme prega isso tão claramente que escolhe o pergaminho como o oráculo da profecia, um algo que começa e termina na horizontal, algo que tem começo meio e fim. A metáfora perfeita para o próprio filme.

Alice de Tim Burton não é uma critica social, ou um filme sobre a nossa necessidade da incoerência. É um filme sobre um país, que apesar de belo, é habitado por criaturas reativas incapazes, sobre o destino maior que os personagens.

Mas... eu sei que será aclamado, pois é fácil se identificar com alguém que se prega sonhador, lúcido e bom no meio de um exercito de pessoas malvadas desde o primeiro frame.

Escrito por Murillo B. Martins

Bibliografia:

NIETZSCHE, W. F. Genealogia da moral: uma Polêmica. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

CAMPELL, Joseph. Herói de mil faces. Trad. Adail Umbirajara Sobral. São Paulo: Cutrix/pensamento.


terça-feira, 6 de abril de 2010

Crítica de Y Tu Mama También

O filme de Alfonso Cuarón se inicia com a separação de dois casais de namorados. Um típico casal de namorados e com as promessas do reencontro. Uma promessa que se mostra falsa mesmo pela ação dos dois jovens, Julio e Tenoch e também pelas namoradas no aeroporto. Eles seriam tidos como garotos “normais”. Ligados em mulheres, confusos quanto ao seu próprio destino, e amigos inseparáveis. Mas até que ponto o símbolo do normal pode ser colocado a um personagem? Ou a um ser humano?

Levando-se em conta o texto de Peter Pál Pelbart. Como esses garotos e os personagens secundários, que por vezes tomam a atenção da câmera e do público, podem se encontrar dentro de um sistema e ao mesmo tempo fora dele?

Em seu texto, Peter nos coloca o conto de Kafka, do imperador Chinês que constrói a grande muralha para se proteger dos nômades. No entanto os nômades já estavam dentro da muralha, que era seguimentada. Não é difícil fazer um paralelo com a sociedade atual, que desconstrói as suas barreiras para que novos elementos possam ser incrementados a padrões. Peter usa o termo “Formas de vida”.

No filme Os jovens Julio e Tenoch são tarados e procuram por substâncias que alteram o estado de consciência (bebidas e drogas). Que estão longe do politicamente correto, no entanto são incentivados por propagandas, eles consomem mais do que drogas e bebidas, consomem uma forma de vida. E pela imagem de “transgressão” das drogas. Há já uma forma de estar inserido dentro de um contexto, dos “excluídos” usuários de drogas, ao mesmo tempo em que os jovens transgressores são partes de algo. Eles absorvem maneiras de viver e sentidos de vida, consomem muita subjetividade além dos produtos que consomem.

Os jovens Julio e Tenoch podem ser comparados aos nômades do conto de kafka. Eles tem seus próprios hábitos e códigos de ética, ao mesmo tempo que estão inseridos no “Império” (o cotidiano e a vida dentro do México). Eles simplesmente não se importam com alguns do costumes a sua volta (a piscina, o uso de drogas e etc.). Isso fica ainda mais evidente quando eles vão à busca da irmã de Tenoch para buscar o carro. “Boinas” como era conhecida, se encontra no meio de uma manifestação, que são comuns do cotidiano Mexicano, de acordo com o filme. No entanto a razão da manifestação não é nem citada, e Julio e Tenoch simplesmente não se importam com isso.

Numa das cenas iniciais eles estão presos em um engarrafamento, e depois de xingar, eles dizem que deve ser mais uma manifestação, e eles simplesmente xingam a manifestação também. São nômades que não se importam com o contexto do império que ao mesmo tempo supre e exclui esses indivíduos, como no conto de kafka, eles falam línguas diferentes, independente das muralhas impostas.

O exemplo máximo disso é quando Eles estão numa festa promovida pelo pai de Tenoch, em que contaria com a presença do Presidente. No entanto eles ficam contando o número de seguranças e não ligam a mínima para o que está ocorrendo. Nessa festa eles encontram a mulher de Jano, Luisa. Ela parece deslocada nesse lugar, como os personagens principais. No entanto ela parece não querer demonstrar, isso fica mais ainda evidente com as falas do narrador: “Com freqüência, Luisa ia com Jano a jantares de artistas e intelectuais, onde nunca se sentiu integrada. Sempre tinha alguém com a boa intenção de incluí-la, ou a má de expô-la, que na metade de uma dissertação lhe passava a palavra. Com toda a modéstia sempre repôs: “não sei dessas coisas”. Muitas vezes, desejou exigir dos assistentes que recitassem o nome de todos os dentes em ordem. Nunca se atreveu.”

Os personagens de Julio e Tenoch não sabem disso, nós sabemos pelo narrador Onisciente e Onipresente. Ele vai contando as histórias pregressas e futuras dos personagens que vão surgindo ocasionalmente durante o filme.

Luisa aceita ir com os dois para uma viagem rumo a “Praia del Cielo”, uma praia tida como inexistente para os personagens principais, e é feito para que o próprio expectador a considere inexistente. Eles partem para rumo a uma praia indicada por Saba um amigo dos dois. No caminho ficam óbvias algumas particularidades dos dois amigos. Eles contavam histórias alegremente para uma ouvinte interessada. “Entre o muito que se esqueceu de mencionar estava como Julio ascendia fósforos para esconder o odor quando ia ao banheiro da casa de Tenoch ou como Tenoch levantava com o pé o assento do sanitário na casa de Julio. Eram detalhes que não tinham porque saber um do outro”. Mesmo sem esses conhecimentos o narrador da a entender que esses traços, faz com que a amizade dos dois pareça ainda mais forte.

Nesse ponto já se percebe que os amigos têm um código de ética, não só representado pelo “Código Charolastra”, mas pela convivência de ambos, como os bárbaros de Kafka.

Os personagens secundários do filme “E sua mãe Também”, tem um papel relevante. O narrador nos mostra suas histórias. Como por exemplo, o pedreiro morto porque a passarela ficava a dois quilômetros de distância da obra que é do outro lado da estrada. O México como um império, o próprio pedreiro se inclui como parte da construção social, e em sua morte ele demonstra as mazelas dela.

O fato de o filme trazer as histórias das imagens à tona nos coloca diante da fragilidade não só da vida, como das relações de emprego e de amizade. Tudo parece frágil e finito, durante todo o filme vemos isso, como cruzes no acostamento na estrada e as histórias que o narrador nos conta.

No texto de Peter Pàl Pelbart, ele cita o livro “Conversas com Kafka”: “Não vivemos num mundo destruído, vivemos num mundo transtornado. Tudo racha e estala como no equipamento de um veleiro destroçado”. Essa citação nos pareceu relevantes ao nível que, as relações do filme se mostram muito mais frágeis dos que nos parecem. O pedreiro morre, amizades inseparáveis que podem acabar, casamentos ruídos, promessas de amor eternas que descumprem.

Um filme que lida em si com finais. O fim próximo ou não, de amizades ou formas de vida (caso do pescador que tem de trabalhar em um hotel e deixar da pesca que era uma tradição de família). O Império que deveria prover a diversidade acaba por ruí-la.

No filme a sociedade nos parece caótica, com manifestações seguidas. Os personagens não dizem diretamente, e não se importam com isso. O Império não consegue manter a soberania e não parece haver muralhas para os personagens. Eles caminham em direção ao desconhecido, e se encontram com pessoas que vivem “formas de vida” que nos parecem mais excluídas que as suas próprias. Como a vendedora de souvenires que da um ursinho a Luisa, que era da sua neta, também Luisa. O narrador nos conta que ela morreu de insolação tentando entrar em outro país, procurando oportunidades. Essa senhora demonstra algo que é tido como a exclusão, a vendedora ambulante, a vendedora nômade, a senhora de idade, uma pessoa pobre financeiramente. Mas que procura a lembrança da própria neta. Essa vendedora esta fora do sistema, mas ajuda a mantê-lo. O sistema é tão nômade quanto ela, “O Império se Nomadizou”, Peter Pàl Pelbat. Ele se eleva e busca as pessoas, como diria Peter Pàl Pelbat.

Os finais de cada um dos personagens e das suas relações, insinuam desde o fim do namoro, a morte de Luisa e a separação dos amigos (possivelmente em nome de um código de ética do próprio sistema. (Inseridos e ao mesmo tempo excluídos dele). Luisa deixa uma mensagem sobre o tempo da espuma sobre água, Luisa: "A vida é como a espuma da praia, por isso devemos nos dar como o mar". Assim age o filme, o filme fala sobre os momentos que antecedem o “destroçar do veleiro”. O tempo antes da morte de Luisa, como ela sabia, e que nem o narrador nos avisa ou sabe. Os personagens estão dentro e fora de sistemas e sub-sistemas. Eles constroem as suas escolhas, baseados na suas predileções, até o momento que escolhem finais ou que eles se apresentem.

Os personagens se mostram no filme como nômades, o sistema também. Julio, Tenoch, Luisa e outros personagens, vão à busca de algo novo ou não, eles são um povo sem habitat fixo, sem uma forma de vida fixa, sempre em transformação cultural, onde suas leis, seus valores e quase tudo está sempre em transformação, por isso eu acredito que no fim do filme todos se separam. O filme fala de finais, de algo que já existe e se modifica, transforma em outra coisa, que pode ser o fim dela ou o início para algo novo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

PÁL PELBART, Peter. In: Biopolítica e Biopotência no coração do Império.2002.

Escrito por Osvaldo Luciano dos Reis e Murillo B. Martins

Pulp Fiction e a Decadência da Sociedade Americana

Um país que viveu várias guerras durante toda sua história e o único a lançar duas bombas atômicas, isso é resultado de um governo que deveria dar o bom exemplo para a população, mas acabou transformando essa população em uma sociedade com medo de todo tipo de ameaça.

O filme mostra essa decadência da sociedade americana. Um país povoado por pessoas que se matam por motivos banais, como os personagens Vincent e Jules. No momento em que eles matam os traidores de Marsellus no apartamento e quando estouram a cabeça do jovem dentro do carro. Eles não demonstram preocupação por terem matado o jovem, discutem apenas como eles vão limpar o carro. Tarantino mostra no filme que a vida não tem mais valor para a sociedade e que o único valor mostrado no filme é a auto-preservação que cada personagem/pessoa tem.

Os personagens não têm valores morais. Elas fazem tudo por dinheiro, são facilmente compradas e deixando de lado muitas vezes a honra e a tradição em função disto. Algo que não ocorre com o personagem Butch, que acaba vencendo a luta de boxe, em vez de perder como era o combinado com Marcellus, além disso, ele preserva a tradição do relógio de seu bisavô. A tradição de Guerra é mostrada no filme, quando o Capitão Koons entrega o relógio para Butch e conta toda a história do relógio e a sua importância para a família de Butch. Apesar de Tarantino fazer uma grande piada sobre onde foi guardado o relógio (no Anus), quando o Pai de Butch e o Capitão Konns estiveram presos, ele conta através dessa pequena historia do relógio, que resistiu a 1°, 2° Guerra e a Guerra do Vietnã. Uma possível explicação de como a sociedade americana chegou naquele estágio de desvalorização da vida, um país que tem sua história marcada por Guerras.

Jules é um personagem que acaba vendo um valor na vida no final do filme, quando o casal Pumpkin e Jody assalta o restaurante e pega a sua carteira, ele acaba os deixando ir embora e dá dinheiro a eles ao invés de matá-los. Talvez tenha os deixando ir apenas porque estava cansado daquela vida. Ele parece mudar após o “milagre”, cena em que Lance atira várias vezes e não acerta nenhum tiro nele e em Vincent.

Os imigrantes foram citados em algumas passagens do filme, como a mexicana que ajuda Butch e quando Pumpkin fala para Jody que os imigrantes não dão a mínima para o dinheiro do patrão no caso de um assalto. Imigrantes que de certa forma construíram os EUA e o mantém em funcionamento através da mão de obra barata, mas que são perseguidos pelos americanos.

Os únicos personagens que demonstram amor e preocupação entre eles são os assaltantes Pumpkin e Jody do inicio do filme e o casal Butch Coolidge e Fabienne, apesar dele debochar dela em alguns momentos do filme. Os outros personagens não demonstram amor ou mesmo preocupação entre eles. No filme não existe a imagem da família, existe apenas casais sem filhos ou mesmo filhos com apenas uma mãe ou pai como o personagem Butch, não ocorre como o filme O Poderoso Chefão que mostra a importância em proteger a família e o amor entre elas. Tarantino tentou mostrar como a sociedade se perdeu e chegou a essa decadência que está.

Escrito por Osvaldo Luciano dos Reis.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Avatar e a Nossa Preservação

Um homem é chamado para entrar em contato com os nativos para conseguir diplomaticamente expulsá-los de sua terra. História já batida que passa uma mensagem que as pessoas custam a praticar, pois sim, elas entendem. Durante os séculos o homem invadiu e destruiu quase todos os povos nativos e suas tradições, para explorar suas riquezas materiais e culturais. E impôs a sua própria tradição, mostrando aos nativos que só assim eles seriam dignos de conviverem com os invasores bárbaros ou mesmo seriam salvos.
Em Avatar ocorre o mesmo, o homem descobre um planeta chamado Pandora que tem um mineral muito valioso. Sem se importar com os nativos, o homem invade o planeta começa a explorar o mineral. Mas, para não ocorrer um massacre em uma guerra com os nativos chamados de Na’vi, que provavelmente custaria caro á empresa que explora o planeta, eles enviam pessoas que estão conectadas a “avatares” dos nativos. Híbridos humano-Na'vi geneticamente modificados. Um humano que compartilhe material genético com um Avatar é mentalmente ligado e pode se conectar através de conexões neurais que permitem o controle do corpo do Avatar. Assim eles se comunicam mais facilmente com o povo Na’vi através de seus avatares.
Mas claro, como nada é de graça, o exército e a empresa que explora o planeta tem idéias diferentes dos cientistas para o uso desses avatares. Como já dito, convencer o povo Na’vi a sair de sua terra. Durante o filme Jake vai aprendendo sobre a cultura Na’vi e se tornando um deles. Pra quem viu o filme sabe como é (sem paciênia para descrever a história).
O filme Avatar hoje tem um papel importante no cinema. Pois ele é totalmente rodado em 3D, que seria uma evolução do cinema, como o cinema sonoro nos anos 30. Mas o que mais é interessante é que o filme fala em preservar a natureza, suas culturas e seus povos. E a forma de se fazer o filme reforça ainda mais isso, pois, foi totalmente feito em 3D. Não é um filme que teve cenários gigantescos, milhões de figurinos, não destruiu nenhuma floresta ou paisagem (como em “A Praia”). Falou de preservação da vida, mas não somente no roteiro e sim na forma de conceber o filme.
É muito importante falar de preservação nos dias de hoje. Esse tema se parece com alguns livros chatos, que repetem a teoria diversas vezes. Mesmo assim as pessoas custam a entender. Seria preciso mil continuações de Avatar, para uma pessoa entender que, devemos preservar o meio ambiente. Pois como os Na’vi, estamos ligados a ele e se o planeta está morrendo nós também estamos.
Por isso me recuso a dizer que Avatar é somente um filme para o entretenimento. Não acredito que um filme não passe uma mensagem ou sentimento ao espectador. Como também que exista espectadores passivos, talvez um vegetal seja um espectador passivo, mas não um humano racional. Essa é apenas uma das mensagens do filme, que prega o amor entre as diferenças raciais, amor ao próximo e outros temas. Esse filme destrói com qualquer tipo de preconceito que possa existir em uma pessoa, claro se a pessoa for inteligente suficiente para entender que somos todos iguais e devemos nos amar assim como somos.
Por isso minha admiração ao diretor James Cameron. Todos os seus filmes tem algo de importante a dizer. Geralmente fala de amor, preservação de algo, futuro e o que devemos fazer para não destruir a nossa existência. Em todos os seus filmes eu saio mal do cinema, sempre refletindo sobre o tema abordado que nunca é animador, mas que de certa forma, é um aviso de que devemos fazer algo.
Escrito por Osvaldo Luciano dos reis.