Como fugir do simbologismo, e da importância social que o dinheiro impõem dentro de nossa sociedade? Se utilizando do filme O Homem que Copiava.No início do filme o personagem principal quer comprar comida e alguns itens que seriam tidos como primordiais dentro de nossa sociedade, quando a carne acaba por ultrapassar o dinheiro que ele tem. Nesse contexto o dinheiro já limita as coisas primordiais, e leva o personagem a ter algumas situações já embaraçosas. A falta de dinheiro aqui já nos coloca e já mostra o lugar e a limitação que o dinheiro em si já coloca.Na próxima cena e durante os créditos, o dinheiro é queimado, aqui como uma espécie de contradição. O mesmo homem que não tem dinheiro para a suas necessidades básicas acaba por queimar uma grande quantidade de dinheiro. Quando perguntam, se alguém é louco, logo perguntam: “ta queimando dinheiro?”. Neste ponto já demonstramos que o apego ao dinheiro já é algo muito ligado a nossa convivência como ser humano, dentro de uma sociedade pós-moderna, como diria Jair Ferreira dos Santos.Ainda no início ele explica o seu papel dentro do seu trabalho, ele em cinco minutos, explica todos os detalhes do que é seu trabalho. Marx já dizia que trabalhamos em trabalhos que não gostamos para poder comprar as coisas que farão parte do nosso próprio cotidiano, quando André diz que seu emprego é uma grande merda, a explicação de Marx se torna válida.Com a pós-modernidade passamos a nos interessar pela simbologia das coisas, ás vezes, mais que das coisas em si. Neste ponto André diz e imagina as coisas que compraria com o dinheiro, ele não cita essas coisas, e não representa uma vital necessidade, até que é necessários 38 reais para poder comprar uma peça de roupa. Aí se encontra um outro ponto do filme, a peça de roupa representa o possível relacionamento entre André e Silvia, e não a peca em si.Ambos estão presos a simbologia, não só do dinheiro, mas do poder e das promessas de felicidade que ele representa, no nosso mundo cervejas, carros, celulares, representam a comunicação e sorrisos que agora nos parecem tão distantes. Neste mesmo filme os personagens tentam procurar esse ideal de felicidade dentro de suas possibilidades, para André a possibilidade de felicidade em Silvia, é que a possibilidade de estar com ela, está ligado a possibilidade de impressionar com seus bens e posses, nesse ponto por já ter ouvido de garotas que isso lhe era importante, ele não se pergunta se ela não é diferente ou espera algo diferente, para André seus bens já representam algo enorme para a relação mesmo antes de uma relação existir.No caso da Personagem de Marines, vivida por Luana Piovani, ela procura numa relação que lhe trará a estabilidade financeira que ela a tanto deseja, não tem um romantismo, apenas relações interesseiras entre as pessoas, neste ponto Marines seria uma completa anti-heroína, agindo por interesse acima de relações de amor. Dentro daí está Cardoso, que surge no filme já com uma alta promoção para que a garota sentisse que ele tinha uma posição que o tornava mais do que ele é, assim dando a ele condição de estar a altura daquilo que ela exige.Com os exemplos acima se percebe que todos põem a sua situação com seres, intimamente ligada aquilo que eles são em suas vidas, o dinheiro não é mais as coisas que sem pode comprar e esta acima de tudo isso.
Dentro e fora do filme já estamos subjugados.Além do dinheiro temos também algumas características do personagem na pós-modernidade descrita por Jair Ferreira dos Santos, em seu livro “O que é pós-moderno?”. No fato de André aprender as coisas sempre pela metade. Os homens nunca aprendem as informações por inteiro, a máquina de xerox já representa a única maneira do personagem de aprendizado, e que nunca lhe permite uma completa compreensão do mundo.Aqui o Universo do filme já esta exemplificados e demonstrados pelas facetas de um antagonista onipresente (sociedade) e dos personagens que tentam encontrar as formas de sentir-se bem dentro desta sociedade.Agora nós temos dentro do filme as implicações de suas atitudes, no caso de André, ele começa a copiar dinheiro, estabelecendo seu próprio código moral. Os personagens em momento algum do filme são questionados pelas suas atitudes. O homem que copiava reflete uma realidade de um jovem típico brasileiro da classe média baixa na atualidade. A falta de perspectiva laboral, de estrutura familiar, a ditadura do consumismo e o repensar das questões éticas.
Narrador Pós-Moderno e Narrador Clássico segundo Walter Benjamin
André é um jovem que vive com sua avó e trabalha como operador de foto-copiadora, como já foi dito no texto acima, mas também ele é um grande observador do mundo, típico de um narrador pós-moderno que observa tudo ao seu redor, ele chega até a comprar um binóculo para observar o cotidiano das pessoas de sua vizinhança, ele sabia que horas chegavam em casa, horários em que o carro forte passava na agência bancária, pessoas e seus hábitos e muitas outras coisas, ele acabou descobrindo que pessoas gordas dormem tarde, que é comentado por ele no filme. Durante suas noites observando ele acabou conhecendo Silva, apenas observando ela, durante o filme ele fala sobre os hábitos dela, os horários que ela chegava em casa, que quando chegava ia direto para cama, que ficava vendo televisão até tarde e outras coisas a mais sobre ela e o pai dela.Certo dia enquanto ele observava, ele viu Silvia passar pela janela vestindo apenas roupas íntimas, e como ele mesmo disse que aqueles 2 segundos valeram á pena ter esperado uma hora para que acontecesse algo, esse comentário que André faz é um tipo de prazer em apenas na observação do fato, sem ter ao menos um contato físico. André que é um narrador pós-moderno se mostra com um olhar lançado para as coisas, ele durante o filme narra fatos que observa em seu dia-a-dia que poucos poderiam ver.Mas André não é apenas um narrador pós-moderno, pois ele também começa a participar dos fatos que ele tanto observava, ele chega a seguir Silvia, apenas para saber onde ela trabalha, ele começa a participar tanto dos fatos que acaba começando um romance com ela, se tornando também um narrador clássico que em vez de observar ele também vivencia os fatos, o filme passa uma moral que não basta apenas observar tem que vivenciar os fatos para realizar seus desejos e prazeres.
Cópia de uma Cópia e Desenhos
André trabalha com uma máquina copiadora que claro como o nome diz ele utiliza a máquina para fazer cópias de livros desenhos e até mesmo dinheiro. Mas ele não apenas faz cópias usando esse aparelho, ele faz também faz desenhos manuais que é de certo modo uma cópia, mas diferente, o desenho é como se fosse um tipo de cópia do que ele vê ou deseja que fosse, ele ao invés de só copiar coisas em seus desenhos como faz no trabalho, ele também dá o seu toque pessoal, que é como uma visão de mundo dele.
Dentro e fora do filme já estamos subjugados.Além do dinheiro temos também algumas características do personagem na pós-modernidade descrita por Jair Ferreira dos Santos, em seu livro “O que é pós-moderno?”. No fato de André aprender as coisas sempre pela metade. Os homens nunca aprendem as informações por inteiro, a máquina de xerox já representa a única maneira do personagem de aprendizado, e que nunca lhe permite uma completa compreensão do mundo.Aqui o Universo do filme já esta exemplificados e demonstrados pelas facetas de um antagonista onipresente (sociedade) e dos personagens que tentam encontrar as formas de sentir-se bem dentro desta sociedade.Agora nós temos dentro do filme as implicações de suas atitudes, no caso de André, ele começa a copiar dinheiro, estabelecendo seu próprio código moral. Os personagens em momento algum do filme são questionados pelas suas atitudes. O homem que copiava reflete uma realidade de um jovem típico brasileiro da classe média baixa na atualidade. A falta de perspectiva laboral, de estrutura familiar, a ditadura do consumismo e o repensar das questões éticas.
Narrador Pós-Moderno e Narrador Clássico segundo Walter Benjamin
André é um jovem que vive com sua avó e trabalha como operador de foto-copiadora, como já foi dito no texto acima, mas também ele é um grande observador do mundo, típico de um narrador pós-moderno que observa tudo ao seu redor, ele chega até a comprar um binóculo para observar o cotidiano das pessoas de sua vizinhança, ele sabia que horas chegavam em casa, horários em que o carro forte passava na agência bancária, pessoas e seus hábitos e muitas outras coisas, ele acabou descobrindo que pessoas gordas dormem tarde, que é comentado por ele no filme. Durante suas noites observando ele acabou conhecendo Silva, apenas observando ela, durante o filme ele fala sobre os hábitos dela, os horários que ela chegava em casa, que quando chegava ia direto para cama, que ficava vendo televisão até tarde e outras coisas a mais sobre ela e o pai dela.Certo dia enquanto ele observava, ele viu Silvia passar pela janela vestindo apenas roupas íntimas, e como ele mesmo disse que aqueles 2 segundos valeram á pena ter esperado uma hora para que acontecesse algo, esse comentário que André faz é um tipo de prazer em apenas na observação do fato, sem ter ao menos um contato físico. André que é um narrador pós-moderno se mostra com um olhar lançado para as coisas, ele durante o filme narra fatos que observa em seu dia-a-dia que poucos poderiam ver.Mas André não é apenas um narrador pós-moderno, pois ele também começa a participar dos fatos que ele tanto observava, ele chega a seguir Silvia, apenas para saber onde ela trabalha, ele começa a participar tanto dos fatos que acaba começando um romance com ela, se tornando também um narrador clássico que em vez de observar ele também vivencia os fatos, o filme passa uma moral que não basta apenas observar tem que vivenciar os fatos para realizar seus desejos e prazeres.
Cópia de uma Cópia e Desenhos
André trabalha com uma máquina copiadora que claro como o nome diz ele utiliza a máquina para fazer cópias de livros desenhos e até mesmo dinheiro. Mas ele não apenas faz cópias usando esse aparelho, ele faz também faz desenhos manuais que é de certo modo uma cópia, mas diferente, o desenho é como se fosse um tipo de cópia do que ele vê ou deseja que fosse, ele ao invés de só copiar coisas em seus desenhos como faz no trabalho, ele também dá o seu toque pessoal, que é como uma visão de mundo dele.
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